segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um comentário feito ao jornal asemana online

Espero este meu comentário não ser censurado pelo vosso jornal.

Cabo Verde está a precisar de um verdadeiro líder e com capacidade de internacionalizar CV para podermos sair desta miséria. Há dias estava a ver um discurso do nosso PM que foi simplesmente uma vergonha. Não tenho nada contra o governo mas em pleno séc. XXI, merecemos um líder com uma visão moderna e vocacionado para os verdadeiros desafios que a humanidade está a ultrapassar. Me perdoem mas as mentalidades de muitos dos nossos políticos ainda estão no séc XV. Que andam a fazer esses nossos políticos? Andam a comer e beber à custa dos caboverdeanos e não fazem absolutamente nada. Temos uma montanha de deputados que só figuram no parlamento, eles estão mais preocupados com os dinheiros que ganham em cada sessão parlamentar do que desempenhar os papéis para o qual foram eleitos. Por enquanto temos a bipolarização partidária, uma população passiva e adormecida "nu ka ta txiga la inda". Sabem porquê? Porque já vi muitos colegas que apesar de terem formados, não são alternativas para CV porque estão a cair sempre no mesmo ciclo vicioso: Buscar o enriquecimento rápido através da política! Qual é o resultado de tudo isso? Temos um cambada de pessoal formados que apenas andaram nas universidades para ter o diploma e viver a vida de "maskadxon" na política, enquanto o país degrada cada dia. O pior disto tudo é que eles têm novas estratégias de camuflar a realidade. Os nossos governantes em vez de estarem preocupados com: a qualidade do ensino, a saúde pública, o saneamento básico, a situação dos emigrantes, a união dos caboverdeanos, a delinquência juvenil, o abandono escolar, a criação alternativas para jovens e cooperar com outros países para terem alternativas para energias, população, emigrantes, desemprego etc eles estão preocupados com as banalidades como: o ALUPEC, o recenseamento da diáspora (para obterem votos é claro ), "propagandear" a nossa constituição, números de estudantes e disciplinas existentes na UNICV sem terem criados as condições para um bom funcionamento destes. Onde já se viu uma universidade pública com 53% dos docentes licenciados? Só em CV! O pior disto tudo é que não temos alternativas, temos uma oposição fraca! Já viram o que querem os nossos ministros? Querem trabalhar a sério para o desenvolvimento de CV? Não me parece que estes gajos querem o melhor de CV ou o melhor da nossa sociedade, eles querem o melhor dos seus bolsos. Nós os caboverdeanos somos muitos "basofos", escondemos as nossas realidade tentando dar a imagem de que somos os mehores da África ou PALOP, nada mais falso. Chegará o dia da verdade em que esses homens vão parar todos na cadeia por causa do que estão a fazer hoje.
Em CV metemos a política em tudo, agora até querem impor-me a falar e escrever uma "casta da escrita" que eles inventaram. Não vou nunca submeter às estas tretas destes gajos. Em vez de estarem preocupados com assuntos do interesse públicos, andam preocupados com eles mesmos e os familiares!

Não obriguem os inocentes( as nossas crianças ) a estudarem as vossas teorias/conjecturas!

Bem haja!

mrvadaz 20090622

terça-feira, 2 de junho de 2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Associações e preocupações (des) necessárias

Cabo verde é representado em Portugal pela sua embaixada e várias associações, comunitárias e estudantis. Nestas poucas letras trancadas e desaforadas, vou às associações cabo-verdianas existentes na cidade do Porto para analisar certas preocupações (des) necessárias às suas comunidades. Na cidade invicta existem duas principais associações cabo-verdianas: ACNP (Associação Cabo-verdiana do Norte de Portugal) e a AECP (Associação de Estudantes Cabo-verdianos do Porto).

De acordo com o panfleto da ACNP, ela é uma associação sem fins lucrativos (?) de acordo com o Diário da República nº 277 de 29 de Novembro de 2001, com o objectivo de congregar, promover o convívio e a união de todos os cabo-verdianos da região Norte de Portugal onde estima viver cerca de cinco mil e quinhentos imigrantes sendo a maioria delas concentrada na cidade do Porto, ocupando diversos extractos sociais.
Curiosamente, recentemente houve uma mobilização total ou parcial desta comunidade feita pela ACNP onde esteve estudantes, imigrantes, cônsul, representantes municipais e os presidentes das juntas de freguesias e muitas outras associações Africanas e Portuguesas para uma conferência cuja o tema era: Constituição, diáspora e direito na participação política. Fizeram deslocar o conferencista de CV para proferir um tema que pouco ou nada tem a ver com a comunidade cabo-verdiana na região do norte de Portugal. Um tema que poderia ser proferido por um qualquer jurista cabo-verdiano ou qualquer outro jurista aqui residente que conhece a nossa constituição o que iria traduzir numa poupança económico e do tempo. Só para citar uma passagem interessante, apareceu uma senhora a colocar dúvidas acerca das burocracias imposta pelo SEF sobre o seu filho que está em CV. O conferencista inteligentemente respondeu que o tema não era aquela no qual a senhora tinha dúvida mas que daria uma resposta na medida do possível. Disse que de acordo com a dúvida da senhora, havia um mal entendido, que ele não podia mudar a constituição portuguesa mas que se as associações cabo-verdianas existentes fossem fortes e consistentes, poderiam usar as suas influências junto das autoridades competentes para mudarem certas leis e criarem certos protocolos de modo a ajudar os imigrantes consoante as dificuldades. Com este toque, o conferencista pegou num ponto que se calhar todos os imigrantes estavam a precisar naquela conferência: as competências das associações para resolverem os problemas dos associados.

O melhor tema para aquela conferência seria: “Cabo Verde, acordos, imigração e direitos dos emigrantes”. Este é um verdadeiro tema que todo o pessoal lá dentro estava a precisar para esclarecer enquanto imigrantes. Precisamos de associações competentes que procura seleccionar e solucionar os verdadeiros problemas dos imigrantes como: direitos, integração, discriminação, burocracias, exclusão social, desemprego, xenofobias etc. O que não podemos tolerar são estas manias dos cabo-verdianos em politizar tudo, disfarçam sob certas formas de estar ou "carrapaças" para fazerem as suas políticas às escondidas. Estou farto desses políticos camuflados, não têm uma verdadeira postura social e andam a “garbatar” por aqui e por ali. Não estou a dizer que o tema não é bom mas que os imigrantes merecem outras coisas e melhor porque com tantos problemas que eles enfrentam por falta de uma boa política de emigração, não merecem ter certos representantes associativos ou políticos. Sem ir aos detalhes do dia-a-dia vou a mostrar-vos o seguinte:

“A AECP é uma associação estudantil sem fins lucrativos que tem por principais funções a representação dos estudantes cabo-verdianos da área metropolitana do Porto, a defesa dos seus interesses e promoção de actividades a nível cultural, desportivo, académico e recreativo entre os associados, outras organizações e instituições”

Nunca vi uma frase mais cínica durante toda a minha vida. Não porque a frase em si é cínico para um estudante mas sim porque é cínico para os estudantes caboverdeanos da invicta. Porque falta a AECP o que posso chamar de cultura universitária, são autênticos adormecidos e restritos:

1) Esta associação e os respectivos representantes são conhecidos por um grupo muito restritos e as actividades deles destinam-se a eles;

2) Em vez de mostrar a realidades estudantis e exigir os direitos dos estudantes às organizações competentes, limitam a fazer propagandas das vidas estudantis e iludir os outros estudantes a vir passar a mesma situação (Se calhar a culpa vem desde uma má cooperação na área estudantil existente entre CV e PT mas são os estudantes a exigirem uma melhor condição do trabalho);

3) Nunca houve um debate entre os estudantes, actividades académicos no Porto nem com outras associações ou organizações;

4) Actividades (as poucas) e os encontros com os caloiros são feitos em discotecas e campo de futebol, nunca num anfiteatros das faculdades ou universidades. Nenhuma visita guiada aos museus, cidades ou actividades culturais portuguesas;
5) Criatividades nunca reinaram nesta associação.

Certas associações deviam ser proibidas usar nomes imigrantes ou estudantes independentemente lucrativo ou não (?) para certas propagandas ou políticas camufladas.

mrvadaz 20090528