quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alfabetu Kabuverdianu I

Bem confesso-vos que com a oficialização do crioulo não vou ganhar e nem perder nada directamente, como um “Kabuverdianu puru” ou simplesmente como um cidadão cabo-verdiano tenho a minha própria opinião sobre o assunto. Há muito tempo, escrevo poemas, crónicas e várias as situações de vida em crioulo e devido às propagandas, cerca de um ano atrás, entrei em contacto com o ALUPEC e os seus respectivos capangas que estão a fazer uma campanha tão violenta que até sinto medo do futuro da situação.

Não tenho nada contra o “k” e muito menos contra o ALUPEC mas os argumentos dos capangas e outros a favor da oficialização do crioulo até hoje não me convenceram. Eu pergunto, quais são as reais necessidades que temos em oficializar o crioulo? É uma questão social, política, económico ou social (de um grupinho)? Em que medida ganhamos com a oficialização do crioulo? Costumam dizer de que as pessoas que estão a opinar ou argumentar contra a oficialização do crioulo são “ riasionarius y katxor di dos pé” e que eles não têm o conhecimento científico sobre a matéria, que devem aprender com os cientistas como o senhor Manuel Veiga. Não é preciso esforçar muito ou ser linguista para perceber a falha do alupec e a sua imposição.

O senhor Manuel Veiga é cientista, devemos aprender com pessoas como ele mas isto não nos dão o dever de ser a cobaia dele. Ele é um cientista e respeito isso mas não lhe dá o direito de aplicar as suas teorias e as suas conjecturas na nossa sociedade. Um cientista pesquisa e com provas experimentais, apresenta factos científicos. Durante as provas experimentais ele deve seguir uma determinada ética. Não podemos aceitar certas suposições ou conjecturas como verdades absolutas. Resumindo, o ALUPEC é um trabalho (teoria) de um ou mais autores que está a ser imposto politicamente na sociedade cabo-verdiana. O ALUPEC não passa de uma conjectura ou teoria porque:

Não é aplicável a toda a população cabo-verdiana. Estamos numa democracia, precisamos de um estudo que comprova a sua aceitação em mais de 50% da população;
Não existência de um consenso à volta da grafia. O “k” continua a ser uma dor de cabeça para muitos que o utilizam;

Não uniformidade . O argumento de que cada pessoa vai escrever como ele fala por isso não vai dividir o barlavento e sotavento é tretas. Não existe nenhuma língua em que a mesmo objecto ou coisa escreve de forma diferente e regiões diferentes. Por exemplo o vinho é vinho no Porto, Lisboa, Açores e Madeira e nunca é “binho” como as pessoas de norte pronuncia. Em Cabo Verde teríamos “Kabalu” em Santiago e “Kavol” ambas as palavras para designarem o cavalo em português. Neste sente o crioulo seria uma língua super chata;

Carece de expressões técnicas. Se eu pedir-vos para me definirem o milho ou cuscuz em crioulo vocês conseguem com muita facilidade mas seu pedir-vos para definirem a planta do milho ou a clorofila que constitui a sua folha e lhe dá a cor verde, de certeza que teriam muitos problemas. O crioulo é uma língua prática e pouco teórico e precisa de um maior e sério desenvolvimento e não uma simples teoria. Não vamos fugir do português para depois lhe “traduzi-la” em “k” e “s”;

Pouca credibilidade. ALUPEC é pouco credível, dos poucos estudos existentes e a sua materialização, não lhe dá a credibilidade de “ Língua Kabuverdianu” portanto, em vez de termos “capangas” por aí a fazerem propagandas, deveriam estar nas faculdades e com um sério investimento do estado, estudarem línguas e formularem teorias e hipóteses científicos. Teria que ser o pessoal de todas as ilhas para poder haver uma maior e melhor normalização do crioulo. Temos muitas propagandas e poucos estudos o que traduz numa ignorância populacional total sobre o assunto. Este assunto merece a atenção de toda a sociedade cabo-verdiana e não de um grupo de políticos em que uma grande e maioria deles não possuem formações adequadas e não são capacitados para debater o assunto, prova disso é consultar a biografia dos nossos deputados em http://www.parlamento.cv/teste%5C../resultados/res.htm
O ALUPEC não pode ainda ser um instrumento para escrever a “Língua Kabuverdianu” porque apresenta falhas em cima mencionadas e mesmo se fosse é suspeito por que apresenta uma base científica limitada para ser aplicada à nossa sociedade. Não pode ser aceitado e nem imposto por enquanto não houver um estudo mais convincente.

• Mais estudos e menos propagandas!

Mrvadaz

#Kabuverdianu puru é uma expressão designada para aquele(a) que tem opinião para tudo e todos

http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=23376&idSeccao=527&Action=noticia

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Artistas de Cabo Verde I

Hoje em dia o que não falta em Cabo Verde são artistas. Ao mesmo tempo CV carece de artistas. Porquê? Não vou referir todas as áreas mas sim refiro-me à musica e literatura que são áreas que entendo qualquer coisa. Posso até ser um "kabuverdianu tipiku", aquele que tem opinião para tudo mas não posso deixar de ver que o que passa nestas duas áreas em CV é uma vergonha para aqueles que realmente são artistas.

MUSICA:

1) Temos excelentes artistas em que muitos deles além de não terem a fama que realmente merecem, as qualidades dos trabalhos não é reconhecido, além de muitos esforços que fazem em prol da nossa música continuam a serem injustiçados.

2) Temos "artistas-fama", os preguiçosos mentais, malandros, proveitadores e lixos que infelizmente hoje a maioria deles estão a tomar conta do nosso universo musical. São pessoas que não trabalham, não pequisam e não fazem o mínimo de esforços para fazerem uma obra de arte e limitam a copiar trabalhos dos outros (quer antigos ou modernos) e fazem um "Ctrl C" e "Ctrl V) com "novos aranjos" e ou adicionando mais instrumentos para poderem ganhar a vida à custa dos outros. O exemplo típico de tudo isso é ver o que estão a fazer com as músicas do Pantera actualmente. Esses "assassinos macabros" que estão a difinir-se como verdadeiros artistas de CV e são eles que detém a maior parte da nossa economia musical o que na verdade não passam de bostas. Vi uma entrevista de um "artista" que diz ter a responsabildade de assegurar o futuro da nossa música sendo trabalho dela é 98% da reedição dos trabalhos antigos dos verdadeiros artistas. Devo usar o termo artista para ela? Em que sentido? Sinceramente se o futuro da música de CV passa pelas mãos dela e de outros artistas semelhantes vos garanto que no futuro nenhuma pessoa com o mínimo de senso vão querer ouvir as músicas de CV. Agora ficou moda artistas a cantarem bossa nova e outars músicas em crioulo assumindo que estão a representar a música de CV. Tenham vergonha! Eu sei das influências e da evolução da música mas convém não exagerarmos.

LITERATURA:

1) Temos bons ecritores e não só, os que realmente são verdadeiros artistas.

2) Temos pessoas que escrevem que são vergonhas nacionais. Querem exemplos? Consultam o jornal Asemana a edição online em: http://asemana.publ.cv/ e entram em "Colunista" e "Opinião" para confirmarem o "Kabuverdianu tipiku" e para reforçarem a ideia, leiam o Liberal, também a edição online em: http://liberal.sapo.cv/. O Asemana há muito tempo que tem uma única e excelente colunista que é a Otília Leitão e a secção de opinião está cheia de barbaridades escritas. O Liberal é pior ainda porque confunde a coluna com opinião e vice-versa, poemas com prosas, prosas com notícias etc. É de lembrar que no meio das "lixeiradas" encontramos excelentes artigos do Jorge Carlos de Afonseca e Casimiro de Pina.

3) O pior disso tudo, surgiu tanto no Liberal como no Asemana o português "traduzido em k" e uma nova casta da escrita com ofensas, propagandas políticas, e manifestação do "kabuverdianu puru" a torto e a direito. Todos eles são autênticos "resíduos perigosos" e merecem a incineração porque não merem ser chamado de escritas. São puras leviandades!

mrvadas

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dia d'África




Próximo dia 25 comemora-se o dia da África, temos o prazer de vos apresentar o cartaz do Kutxs.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mostro



mumia
Adicionar vídeo