quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O caso da Electra S.A e os respectivos apagões.


Com este texto pretendo chamar a atençao dos cabo-verdianos para o efeito em que, os sucessivos responsáveis e os governantes, têm tido a bombardearem a nossa sociedade com uma política energética ineficiente e insustentável. O caso da Electra S.A e os respectivos apagões.

Tem sido argumentado que a energia é a chave do avanço da civilização e que a evolução das sociedades humanas é dependente da conversão de energia para o uso humano.Tem sido também afirmado várias vezes que o nível de vida e a qualidade da civilização são proporcionais proporcionais à quantidade de energia utilizada pela sociedade. Todos sabemos que os países em via de desenvolvimento estão a cometer os mesmos erros que os países desenvolvidos cometeram perante a exploração e o uso das energias. A tendência actual vai largamente para o uso das tecnologias limpas e das energias renováveis apesar de uma grande dependência das fontes de combustíveis fósseis.

Paradoxalmente, numa época em que podemos orgulhar de sermos um PDM, vários concelhos do país carecem da electricidade, água e dos progressos básicos do desenvolvimento. Na mesma sequência podemos ver enauguração de petroleiro, compra ou reparação de geradores, apagões parcias ou totais nas cidades, bairros e municípios. Pior do que não ter uma alternativa, é ter uma empresa incompetente no que faz e não ter quem cobrar a situação por culpa de uma democracia madrasta existente em Cabo Verde. Uma Electra S.A incompetente, um governo defiente e a oposição fantasma. É inadmissível viver numa capital de um país que numa ignorância atrevida se auto-denomina “Japão d’África”, ao mesmo tempo se comporta como um autêntico país pobre: nos governos, nos responsáveis, na oposição e na população.

Dos diferentes governos que Cabo Verde conhece, nenhum deles foi capaz de resolver o problema da energia eléctrica e muitos menos algum partido político tem planos para esta resolução num curto ou longo prazo. Nenhum deles encararam as questões energéticas numa perspectiva global, pelo que posso constatar que estamos a seguir as pegadas dos outros países, com a particularidade de não satisfazermos, isto é, cometer o mesmo erro que os outros países cometeram no passado não resolvendo os problemas energéticos na nossa própria sociedade;

A Electra S.A enquanto uma empresa, está a cometer os mesmos erros que cometeram no passado revelando aos cabo-verdianos que não é uma empresa de confiança e que a qualidade não rima com apagões. Todos estamos carecas de saber que o problema desta empresa é crónica e malígno pelo o que vem acontecendo.

A oposição é uma autêntica fantasma, todos ouvimos dizer que existe mas não actua no seu respectivo campo. Só faz a fantasia no parlamento, não pedindo a responsabilidade e exigindo a melhoria ao governo que por sua vez anda a dormir perante os males que a Electra S.A nos vem causar. Daí deve haver um esforço do governo, oposição e de todos aqueles que querem governar Cabo Verde, para estudarem o problema das energias e resolvê-la de forma sustentável.

A população caboverdeana praticamente não vive a democracia, só exerce o direito de voto, o resto fica à deriva nos partidos políticos que muitas vezes estão a colocar os interesses partidários acima dos interesses da população. A população não faz manifestação, não sai à rua para reclamar, não recolhe assinaturas para a Assembleia da República, não pede demissão, não faz abaixo-assinado etc. Se temos uma empresa, um partido ou qualquer responsável por algum mal, devemos exigir as suas responsabilidades e as devidas consequências. Se os partidos elegidos servem para representar o povo, eles têm que fazer os seus trabalhos porque não votamos para dar “empregos” aos deputados ou fazê-los perder os seus preciosos tempos no parlamento. Daí a minha exortação à população caboverdeana para dizer: BASTA!

BASTA de:
· Empresas abusados;
· Governos incompetentes;
· Oposições fantasmas;
· Apagões;
· Ministros irresponsáveis;
· Deputados mudos etc

Votamos nos partidos para ter pessoas competentes e adequadas, capazes de resolverem os nossos problemas enquanto cidadãos e não para agravarem esses problemas. Precisamos de um país com uma política capaz de responder os desfios de um mundo moderno e globalizado.
Ilustração: aqui

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sampadjudu vs Badiu

Si npoi Santiagu corda, nlebal di li, djentis di Fogo pa undi ta bai? Cabo-verdianos é mesmo chuchante!